Um Verdadeiro Paraíso Perdido no Atlântico

"...POR ISSO EU SOU DAS ILHAS DE BRUMA ONDE AS GAIVOTAS VÃO BEIJAR A TERRA..."

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PRESENTES DE AMIGAS

PRESENTES DE AMIGAS
SELINHO DA DINDA PARA MIM

sábado, 30 de julho de 2011

TOALHINHA DE CROCHÊ PARA ANINHA



ESTA TOALHINHA É PARA UMA GRANDE AMIGA QUE ME ATUROU NOS TEMPOS DE MAU HUMOR.
ANA ME ACOLHE EM SUA CASA QUANDO TENHO QUE IR AO MÉDICO.
DEPOIS DA CIRURGIA ME ACOLHEU DURANTE VÁRIOS MESES.
SABE AQUELAS PESSOAS PARA AS QUAIS O TAPETE VERMELHO NÃO É NADA.
ASSIM É ANA. AMIGA, IRMÃ, MÃE, FILHA....

MINHA ROSEIRA


PODEI A MINHA ROSEIRA NO DIA DE SÃO JOÃO. ESTAVA MUITO FRAQUINHA, PORQUE, NA MINHA
AUSÊNCIA ESQUECERAM-SE DE REGAR.
VAMOS VER SE DÁ ROSAS COMO AS PIMEIRAS

BLUSA DE TRICÔ



ESTA BLUSA NÃO ESTÁ LÁ GRANDE COISA. FIZ O DECOTE EM CROCHÊ PORQUE NÃO TENHO PRÁTICA DE FAZÊ-LO EM TRICÔ. MESMO ASSIM FICOU BEM QUENTINHA.....

sábado, 23 de julho de 2011

DIÁRIO (COM MINHA FOTO ) CHIQUE DEMAIS...



ESTE DIÁRIO FOI PRESENTE DE MINHA SOBRINHA LUCY. UM DIA, GOSTARIA QUE ELE LHE FOSSE DEVOLVIDO ....

MULHER DA NAZARÉ - PRAIA DE PESCADORES E TAMBÉM DE MUITAS DORES


TABÉM GANHEI MAIS ESTA LINDA MULHER DA NAZARÉ, AQUELA DA MÚSICA DE AMÁLIA "BARCO NEGRO".

MINHOTA


RECEBI ESTE LINDO PRESENTE DE MINHA QUERIDA LUCY. DIRETO DE CASCAIS PARA O MEU CORAÇÃO.
OBRIGADA, LINDINHA E FELIZ ANIVERSÁRIO.
ELA É QUE FAZ ANIVERSÁRIO E EU É QUE GANHO PRESENTE.
É A VANTAGEM DE SER UMA VELHA TIA OU UMA TIA VELHINHA.

sábado, 16 de julho de 2011

RECADO PARA AS AMIGAS BLOGUEIRAS


QUERIDAS AMIGAS QUE TÊM VISITADO MEU CANTINHO NESTAS ÚLTIMAS SEMANAS:
POR MOTIVOS DE SAÚDE NÃO PUDE RESPONDER A TODOS OS COMENTÁRIOS SEMPRE TÃO CARINHOSOS E TAMBÉM NÃO PUDE VISITAR OS BLOGS DE PESSOAS ESPECIAIS QUE NOS INCENTIVAM .
ESPERO RECUPERAR MEU RITMO MUITO EM BREVE.
CONTO COM A TORCIDA AMIGA E COM AS ORAÇÕES DE TODAS.
DEUS VOS SEJA O FAROL PARA A CAMINHADA.
EM ANEXO - MINHA AVENCA - CADA VEZ MAIS LINDA

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A ARTE DE SER AVÓ - RACHEL DE QUEIROZ


A arte de ser avó
Quarenta anos, quarenta e cinco. Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem suas alegrias, as sua compensações - todos dizem isso, embora você pessoalmente, ainda não as tenha descoberto - mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade.
Não de amores nem de paixão; a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas, que hoje são seus filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino que se lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito sobre ele, ou pelo menos o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo ou decepção, se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho a certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avô, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto...
No entanto! Nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do neto. Não importa que ela hipocritamente, ensine a criança a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha" e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante nos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe banho, veste-o, embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
Já a avó não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulito. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso dos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café, mexer na louça, fazer trem com as cadeiras na sala, destruir revistas, derramar água no gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser - e até fingir que está discando o telefone. Riscar a parede com lápis dizendo que foi sem querer - e ser acreditado!
Fazer má-criação aos gritos e em vez de apanhar ir para os braços do avô, e lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós com seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto!
E quando você vai embalar o neto e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz "Vó", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe castiga, e ele olha para você, sabendo que, se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menino - involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beicinho pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague.
Rachel de Queiroz

quinta-feira, 7 de julho de 2011

RETRATO - CECILIA MEIRELLES


Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DE FERRO E CARBONO - CRONICA DE PAULO BRIGUET


Mãe não entende se você não come tudo que está no prato. Mãe não aceita desculpas do tipo “Se os outros podem, por que eu não posso?”. Mãe responde: “Os outros não são meus filhos”.
Mãe adora ouvir o barulho da fechadura quando o filho chega. Mãe tem cheiro de banho, tem cheiro de bolo, tem cheiro de casa limpa.
Mãe fica assustada quando vê o caso daquela modelo que morreu de anorexia: “Eu já falei pra você comer tudo!” Mãe fica assustada quando lê notícia de assalto. Mãe fica assustada quando lê notícia de acidente. Mãe fica assustada quando lê notícia de briga. Mãe fica assustada quando lê notícia. Mãe fica assustada.
Mãe não está nem aí para o que os outros pensam. Mãe foge com o filho para o Egito, montada num burrico. Mãe tem sonho. Mãe tem pressentimento. Mãe tem sexto sentido – e sétimo, oitavo, nono, décimo. Mãe não faz sentido (para quem não é mãe).
Mãe chora ao pé da cruz. Mãe chora em rebelião. Mãe chora se o filho é messias ou bandido. Mãe acredita. Mãe não pode ser testemunha no tribunal. Mãe é café com leite. Café com leite, pão com manteiga, biscoito, bolacha de água e sal, banana cozida. E ainda faz você levar um pedaço de bolo pra casa.
Mãe só tem uma, mas é tudo igual. Mãe espera o telefone tocar. Mãe espera a campainha tocar. Mãe espera o resultado do vestibular. Mãe espera o carteiro. Mãe moderna espera e-mail. Mas espera. Mãe sempre espera.
Mãe ama. Assim, verbo intransitivo, como queria Mário de Andrade. Porque, se é mãe, já se sabe o que ela ama. A culpa é da mãe, dizem os freudianos superficiais. Os verdadeiros freudianos sabem que, sem mãe, nada feito.

Uma amiga costuma dizer: “Pai é palhaço, mãe é de aço”. A frase é interessante, porque o aço é uma liga de ferro e carbono. Ferro é o símbolo da força; carbono é o elemento presente em todos os organismos vivos. A mãe constitui a liga entre a fragilidade e a força do indivíduo. Não há algo mais vulnerável e mais sólido que a maternidade. Mãe é de aço.
A esta altura, você deve estar perguntando: “Mas por que esse cara está falando tanto de mãe?” A verdade é que eu não sei. Talvez seja porque a palavra mãe não tenha equivalente. Já notaram? Mãe só rima com mãe.

Jornalista Paulo Briguet (Londrina-PR)
crônica

QUANDO LI ESTA CRÔNICA NO BLOG DA ZILDA SANTIAGO, NÃO RESISTI AO DESEJO DE COPIÁ-LA E PASSAR PARA A FRENTE.

SALVAÇÃO

SALVAÇÃO
SURSUNM CORDA! (erguei os corações ao alto)