Um Verdadeiro Paraíso Perdido no Atlântico

"...POR ISSO EU SOU DAS ILHAS DE BRUMA ONDE AS GAIVOTAS VÃO BEIJAR A TERRA..."

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

BRUMA 5

Cada dia que passa é mais uma oportunidade de enfrentar um novo som, um novo caminho, um novo horizonte. Há um corredor imenso a percorrer. O que está por vir? Como será? Vai dar certo? Bem que eu gostaria de ficar aqui encolhida, vendo as gaivotas furando as cortinas do oceano. Mas havia um caminho e um enfado que incomodava os meus dias. Ter que partir sempre, sempre foi a minha maneira de sentir-me viva. Havia a outra ilha, houve sempre uma outra ilha, um outro lado, um outro-que-fazer. Precisava ir.

Tive por cinco anos, precisamente cinco anos, um himalaia diante dos meus olhos. Quando o sol nascia, quando as brumas envolviam tudo, quando anoitecia, quando o vapor começava a aparecer lá longe, quando se ia, quando se vinha. Era a minha ilha-himalaia. Sempre enfeitada com um chapéu de nuvem.
Quando os dias eram muito frios, a nuvem agarrava-se à pontada ilha e ficava durinha de frio até que viesse um raiozinho de sol fazer-lhe cócegas e, logo logo, ela virava de novo chapéu.
De manhã vinham barcos carregados de cachos de uvas suadas de sol e de sal. Os homens do Pico – era o nome da ilha-himalaia- descarregavam enormes cestas de frutas e o cais inteiro virava o perfumado armário onde a velha avó escondia as maçãs para dividir com alguma neta, numas horas muito especiais de doce cumplicidade.

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SURSUNM CORDA! (erguei os corações ao alto)